Já fecharam a porta ?? - Episódio II

... Já em 1871, Antero de Quental dizia...

"os outros sobem pelas virtudes modernas, Portugal desce pelos vicios antigos..."



A economia nas ultimas décadas tem vindo a cair. De década para década a economia desce gradualmente, percentualmente.... e não nos temos preparado para este cenário.


Portugal tem uma economia de visão curta. O país não produz, o alentejo está desertificado. A pesca tem morrido, não se aposta verdadeiramente no turismo, tratamo-nos mal a nós próprios (faça férias cá dentro??), proliferam jeep´s, vivendas, carros topo de gama e gente arrogante. Um novo riquismo assustador instalou-se nesta pobre nação.


Como não produzimos, o governo gasta o que não tem. Como tal, paga a mais do que devia. E acumula.
Então vai sacar a quem ?
- Ao contribuinte, pagador de impostos. Um bando de papalvos que sustenta esta malandragem dos subsídio-dependentes crónicos.

E... sobem os impostos...

Como a economia pouco produz, a divida externa aumenta.


A iliteracia mantém-se. Alguns empresários são grunhos ou oportunistas, e uma grande franja da população prefere o cigarro ao canto da boca e mãos nos bolsos - que trabalhar faz calos e cansa -.

São maus empresários porque foram mal preparados. Repare-se que os nossos alunos podem transitar de ano, mesmo sem preparação. Por isso eles falam..bué de bem, pedem uma beca, chamam-se Kridos, estudam playstation, mp3 e grande rice.

Os professores têm dificuldade em ensinar... ou porque os meninos não estão atentos e nada podem fazer (se chamam a atenção são agredidos pelos pais), ou porque a desmotivação grassa (quantos casados e com filhos não estão colocados em escolas a centenas de Kms e com condições deploráveis ??) ou por tantas outtras razões conhecidas no nosso ensino. E crescem com erros gramaticais, com erros ortográficos, sem conhecimentos geográficos (quantos nem se sabem localizar...).

E nada disto é facil de resolver, porque existem uns quantos estruturados que preferem que tudo se mantenha assim, para seu beneficio.

Funcionamos em Lobyes, que começam nos partidos e nas empresas publicas, com ligações directas entre todos eles, protegendo os tachos e surripiando outros.
E assim batem-se por esse caudal.

Mantém-se assim o rio a correr na direcção do mar.
Como convém... a alguns... poucos... que já vão sendo muitos...!