Eu era uma gotinha
Presa a uma nuvem de algodão.
Quando a nuvem se furou
Deixou-me cair no chão.
Fiquei muito aflita,
Sem saber o que fazer.
Encontrei outras gotinhas
Que ali passavam a correr.
Perguntei-lhes onde iam,
Começaram a sorrir!
"Vamos para a nascente!
Tu também queres vir?"
E assim todas juntinhas,
Por entre cascalhos e mata,
Surgimos fonte de vida,
Água pura na cascata.
De poça em poça caí,
Lavando os seixos de cor.
Vou arrantando os sais,
Que me oferecem o sabor.
Olho em volta de mansinho
Começo-me a animar...
Já somos um ribeirinho
Que corre para o mar.
Como gotinha de água
Tranquila e transparente
Lá fui descendo a encosta,
Matando a sede à gente.
Até que cheguei à foz,
Onde o rio se junta ao mar.
Mergulhei nas suas ondas
Para os peixinhos saudar.
A gotinha, tão doce e tão terna,
A todos os peixinhos beijava..
Qando sentiu o calor do sol
Que para cima a chamava.
Pela água acima subiu
Como se barbatanas e asas ganhasse
A caminho de uma nuvem branquinha
Que nos seus braços a guardasse.
Assim respondeu ao sol
Cheia de graciosidade.
É a história da gotinha
Que desafiou a gravidade!
Estes versos são para a Margarida, a minha querida filha, que me perguntou se a água do mar era salgada, por lá ter o bacalhau de molho!
Espero que ela cresça descobrindo que na Natureza tudo tem uma razão de ser e se esforçe por defender o seu equlíbrio e harmonia.
Presa a uma nuvem de algodão.
Quando a nuvem se furou
Deixou-me cair no chão.
Fiquei muito aflita,
Sem saber o que fazer.
Encontrei outras gotinhas
Que ali passavam a correr.
Perguntei-lhes onde iam,
Começaram a sorrir!
"Vamos para a nascente!
Tu também queres vir?"
E assim todas juntinhas,
Por entre cascalhos e mata,
Surgimos fonte de vida,
Água pura na cascata.
De poça em poça caí,
Lavando os seixos de cor.
Vou arrantando os sais,
Que me oferecem o sabor.
Olho em volta de mansinho
Começo-me a animar...
Já somos um ribeirinho
Que corre para o mar.
Como gotinha de água
Tranquila e transparente
Lá fui descendo a encosta,
Matando a sede à gente.
Até que cheguei à foz,
Onde o rio se junta ao mar.
Mergulhei nas suas ondas
Para os peixinhos saudar.
A gotinha, tão doce e tão terna,
A todos os peixinhos beijava..
Qando sentiu o calor do sol
Que para cima a chamava.
Pela água acima subiu
Como se barbatanas e asas ganhasse
A caminho de uma nuvem branquinha
Que nos seus braços a guardasse.
Assim respondeu ao sol
Cheia de graciosidade.
É a história da gotinha
Que desafiou a gravidade!
Estes versos são para a Margarida, a minha querida filha, que me perguntou se a água do mar era salgada, por lá ter o bacalhau de molho!
Espero que ela cresça descobrindo que na Natureza tudo tem uma razão de ser e se esforçe por defender o seu equlíbrio e harmonia.
Que maravilha de poesia...
ResponderEliminarPara a Margarida, com um beijo meu:
ResponderEliminarMargarida
À sombra duma árvore
dormia a Margarida.
Veio um bichinho pequeno
e acordou a menina
Com cócegas na barriga.
E ela ria, ria, ria…
Levantou a camisola
para ver o que seria.
Deu logo com a formiga
que assustada, tremia,
E a Margarida ria, ria, ria…
Quanto mais ela tremia
Mais a menina ria
Tais eram as cócegas
Que a formiga lhe fazia!
E a Margarida ria, ria, ria…
Lídia Borges
Obrigada
Beijo
Que bela lembrança terá Margarida, sua filha, que te "perguntou se a água do mar era salgada, por lá ter o bacalhau de molho!", quando, mais tarde, ler o poema que escreveste à ela.
ResponderEliminarCom o carinho, atenção e desvelo, que, vê-se, dedicas à ela, a Margarida certamente "crescerá "descobrindo que na Natureza tudo tem uma razão de ser e se esforçe por defender o seu equlíbrio e harmonia", como disseste.
Abraços pra ti e Margarida,
Pedro
Belo conto e bela imagem. Pelo escrito e pela ternura de Mãe, que ÉS!
ResponderEliminarBeijocas para a Margarida e para a Mãe.
Pst.....Continua assim a escrever. Para ela e para nós, Ok ?
Obrigada pelas vossas visitas e pelas palavras tão simpáticas que aqui deixaram.
ResponderEliminarQuanto à Margarida, ficou deliciada com o protagonismo. Envia beijos de volta a todos e um xi-coração à Lídia, pois adorou o poema da formiguinha...e riu-se, riu-se, riu-se...não de cócegas, mas de alegria pela atenção que tiveste.
Muito obrigada!
Que sensibilidade e talento! Beijo! (para as duas)
ResponderEliminarLindo,terno e instrutivo, este ciclo da água.
ResponderEliminarJá mostrei à minha filha e ela adorou a história da gotinha. Faz mais deste género, para eu lhe mostrar :D
Ana Afonso
Inteligente ela... faz mto sentido o bacalhau... rs
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