segunda-feira, 6 de julho de 2009

Cegueira mental

O cromo com cara de faneca mal frita que aparece na imagem, anda por aí a dar cabo de uma classe que em vez de prestigiada, tem sido enxovalhada.

Esta posta de peixe estragado, juntamente com as suas ovas de mau gosto, (entenda-se restantes cromos do seu ministério) resolveu colocar a cereja em cima do bolo da catástrofe nacional, fazendo uma revisão do ECD que não lembra ao diabo mais perverso.

Mas qual o espanto?! O que seria de esperar de alguém que não tem currículo, nem competência, muito menos perfil para desempenhar as funções do cargo que lhe deram?!

Esta tirana da Escola Pública, lá do alto do torreão da 5 de Outubro, faz o exercício permanente da sua prepotente incompetência e resolve seleccionar os professores como bodes espiatórios do défice público e de todos os males da sociedade.

E então, estes desgraçados que:


  • todos os anos andam a trote de um lado para o outro, deixando a família para trás, sem quaisquer ajudas de custo,

  • que mesmo com depressões profundas persistem em ensinar,

  • que dão aulas com cancro até morrerem dentro da sala de aulas, porque não lhes dão baixa,

  • que gastam mais do que aquilo que ganham só para poderem dar aulas e obter tempo de serviço,

  • que são agredidos nas escolas por pais e alunos,

  • que organizam visitas de estudo, mesmo sabendo que Jorge Pedreira Pedregulho (o faltoso em pessoa) considera que eles estão a faltar,

  • que se manifestam aos sábados sacrificando um direito para preservar os seus alunos, entre outras coisas...

Estes desgraçados, levaram com uma catrazada de novas leis e Decretos em cima, que acabaram com a já pouca segurança que tinham. Eu explico: a quem julgava que o vínculo laboral trazia segurança, desenganem-se. As piranhas da 5 de Outubro resolveram palitar os dentes com a Lei 12-A/2008 que faz com que todos os QZP (professores do quadro de zona pedagógica) passem a a contrato por tempo indeterminado. Ou seja, quer isto dizer que podem os mesmos ser dispensados sempre que o posto de trabalho termine. Estes professores serão enviados para a mobilidade especial (alínea 8 do artigo 6º da Lei 12-A/2008) e vêm-se em casa com um corte de vencimento de 30 a 40 % no vencimento. No caso de não serem recolocados no prazo de um ano (o que por acaso não é nada difícil de acontecer), então reúnem as condições necessárias à cessação do vínculo (vulgo despedimento). Porreiro pá!


Quando a cegueira é mental, não há mesmo nada a fazer...



6 comentários:

  1. cegueira e diarreia, pois as ideias são mesmo de M............

    JP

    ResponderEliminar
  2. Dá-lhe, Diabinhosfora! Gostei muito do post! Abração!

    ResponderEliminar
  3. Muito bem dito Diabinhos! Apoiado!

    Manuela

    ResponderEliminar
  4. Pois, é, tudo o que se passa aí, também acontece aqui no Brasil. Os profesores daqui são tratados como profissionais de segunda categoria; o salário é ridículo, em todos os níveis.

    No Brasil, os políticos são medíocres, a começar pelo Senado, passando pela Câmara dos Deputados, pelas Assembléias Legislativas até as Câmaras de Vereadores.São especialista, na maioria esmagadora, e em assaltar os cofres públicos, por via direta e indireta. No Senado está-se levantando uma vergonhosa trama feita para beneficiar essa turba, esses cafagestes.

    E os professores, como ficam? Que se danem os professores, é o que pensam os políticos.

    É impordoável o que estão fazendo com esses lídimos heróis,os nossos professores.

    Um abraço.

    ResponderEliminar
  5. Eu gostei deste post! Ah, gostei sim!
    Quantas vezes me apeteceu dizer tudo isto?
    Quantas vezes dizemos isto por dia nas escolas?

    FC

    ResponderEliminar